A edição brasileira da revista Bass Player deste mês traz na capa Gene Simmons, do KISS.
O baixista e vocalista deu uma entrevista exclusiva, conduzida por
Henrique Inglez de Souza. Ele falou sobre diversos assuntos, tais como
seus equipamentos, o novo disco e até de VAN HALEN.
Quando
perguntado se houve algum momento em que a banda considerou tirar as
máscaras, ele disse: “Sabe, nós fizemos de tudo: turnês com e sem
maquiagem. Entretanto, o detalhe em relação às mascaras é que se trata
de algo bem maior. Por exemplo, temos um contrato de 90 países com a
Hello Kitty. KISS
e Hello Kitty fazendo todo tipo de coisa em 90 países! Então, como
banda, nós podemos existir sem as maquiagens, e existimos. Porém, com
maquiagem, a coisa é bem maior [referindo-se às possibilidades de
negócios]. Não poderia haver um campo de golfe do KISS sem as máscaras”.
Sobre o KISS, mais uma vez, ter ficado de fora do Rock and Roll Hall of Fame, Gene pensa o seguinte: “Não me incomoda que o Kiss
não esteja no Rock and Roll Hall of Fame. O que me incomoda é a Madonna
estar. Ainda que ela seja uma grande performer, não é rock and roll.
Assim como Blondie não é rock and roll; Patty Smith não é rock and roll;
Grandmaster Flash não é rock and roll – e há outros artistas de rap [no
Rock and Roll Hall of Fame]. Isso é rap, hip hop, disco music, e, com
todo respeito, eles pertencem a essas outras áreas da música. No mundo
do hip hop, jamais teriam o Kiss
em uma premiação, já que não somos hip hop – mas o Grandmaster Flash é.
Deveria haver uma premiação de disco music. Madonna é uma artista da
disco e não do rock”.
Sobre os ex-integrantes da banda, Ace
Frehley e Peter Criss, o baixista comentou que sempre os amou. “É uma
pena que eles não se amam. Esse é o maior problema”, falou. “Ace e Peter
têm as vidas que criaram. Não são vítimas. Ninguém fez isso a eles.
Eles fizeram isso a si próprios”.
